segunda-feira, janeiro 17, 2005

Vai demorar

Depois de voltar de Penedo e de me despedir da minha mineira acabei passeando um pouco mais pelo Sul do país. Fui rever alguns amigos queridos e conhecer uns lugares desejados, mas como não estava com ela, não vou contar as estórias aqui.

Prefiro guardar minha energia para a próxima grande viagem.
Esta sim vai pôr a prova toda a minha experiência estradeira e minha habilidade em resolver situações complicadas. Na próxima vou ter que mostrar por que estou aqui.
Afinal de contas, lidar com um casamento é coisa para poucos e bons.
Depois conto mais detalhes.

Até mais ver.

domingo, janeiro 16, 2005

Dados técnicos

Alguns registros da viagem para quem tiver a intenção de aproveitar o roteiro inteiro ou parte dele:

Trecho 1: São Paulo/SP a Tiradentes/MG
490 km em 6:22hs
Duas paradas: posto entre Itapeva/MG e Camanducaia/MG (10 min) e restaurante Rei da Traíra perto de Três Corações/MG (55 min)

Trecho 2: Tiradentes/MG a Congonhas do Campo/MG
122 km em 2:26hs
Duas paradas: Lagoa Dourada/MG (15 min) e restaurante Café com Prosa na estrada entre Lagoa Dourada/MG e Congonhas do Campo/MG (30 min)

Trecho 3: Congonhas do Campo/MG a Mariana/MG
69 km em 1:15hs
Nenhuma parada

Trecho 4: Ouro Preto/MG a Caxambu/MG
356km em 6:48hs
Duas paradas: restaurante Charm Country logo depois de São Braz do Sauçus, sentido São João del Rey (35 min) e Tiradentes/MG (34 min)

Trecho 5: Caxambu/MG a Penedo/RJ
126 km em 2:25hs
Uma parada: estrada entre Caxambu/MG e Engenheiro Passos/RJ (15 min)

Trecho 6: Penedo/RJ a São Paulo/SP
270 km em 2:45hs
Nenhuma parada

A primeira volta

Nosso último dia de férias começou com um calor que era incompatível com a imagem alpina que tínhamos de Penedo.
Só o trajeto até a sala do café da manhã já serviu para torrar nossas cabeças e nos obrigar a tomar um segundo banho matinal.

A idéia era sair do hotel, abastecer o carro e chegar mais ou menos na hora do almoço à minha querida Sampa.
Antes de sair, um registro bem legal do pórtico de entrada da cidade.
Provavelmente demoraríamos muito para voltar àquelas bandas, por isso quisemos deixar tudo bem documentado.


Dando adeus a Penedo Posted by Hello

Tudo correu muito bem durante a viagem e surpreendentemente a minha mineira não dormiu.
Chegamos a Sampa, abastecemos novamente e fizemos os registros finais da viagem.

Comparada com a aventura bahiana, este passeio pela história de Minas foi bem tranquilo e não nos rendeu um terço do stress nordestino.

A próxima aventura deve demorar um pouquinho.
Talvez só em Setembro, já com um outro estado civil, mas aí dificilmente meu bólido irá nos acompanhar.
Mas aí já é outra estória.
Até mais ver!


O tamanho da brincadeira Posted by Hello


Quase um abstêmio Posted by Hello


Devagarinho, devagarinho Posted by Hello

sábado, janeiro 15, 2005

Nas terras de Noel

O último dia de Caxambu foi tranquilo como os demais.
Depois do mega café da manhã, arrumamos as coisas e nos preparamos para ir embora.
Demoramos um pouco por que tive que buscar o carro em um lugar próximo já que o Grande Hotel não tem estacionamento. Coisa normal para um hotel antigo como aquele, imagino.

Antes de ir, um registro da alta tecnologia de telefonia disponível no lugar.
Registro feito, partimos em direção ao Sul.


A tecnologia avançada Posted by Hello

Dois dias antes, havíamos decidido não voltar para casa e nem ir para Visconde de Mauá. Não tínhamos vontade de voltar às nossas vidas e nem queríamos colocar o carro naquela estrada miserável entre Mauá e Penedo, por isso decidimos uma opção alternativa: desceríamos no sentido da Dutra e visitaríamos Penedo, logo ali pertinho da rodovia.
Como essa intenção na cabeça saímos de Caxambu e não pegamos a estrada mais curta em direção a Sampa.

Na serrinha que desemboca em Engenheiro Passos demos de cara como uma casa de sonhos, bem na beira da estrada.
Ela ficava em uma curvinha mágica, cercada de hortênsias por todos os lados e com uma pequena cachoeira no lado direito.
Parecia coisa de desenho da Heidi, mas era verdade. Ficamos imaginando que tipo de pessoa constrói aquela tipo de paraíso. Mesmo sem ter a menor idéia da resposta, ficamos com a imagem de um novo objetivo na vida: construir nossa própria Casa das Hortênsias.


A casa das hortênsias Posted by Hello


Muito prazer, Hortênsia! Posted by Hello

Chegamos a Penedo no começo da tarde e já fomos procurar um lugar para ficar.
Como de praxe, pegamos o guia e saímos ligando para um monte de lugares. Visitamos alguns deles e acabamos ficando com o primeiro que nos agradou no preço e nas instalações, hotel Mirante de Penedo. Mais tarde acabaríamos nos arrependendo, mas daqui a pouco falo disso.


Hotel Mirante de Penedo Posted by Hello

Largadas as malas, fomos matar a fome em um lugar bastante gostoso chamado Rei das Trutas.
Como havíamos jantado truta na noite anterior (e comemos mais peixe do que o recomendado), resolvemos experimentar um abadejo bem servido.
Não nos arrependemos de nada já que o prato estava delicioso e muito bem preparado.


O Rei das Trutas Posted by Hello

Na volta para o centrinho, demos de cara com o outro candidato a nos hospedar, o Hotel Britannia, e tivemos a certeza que havíamos feito um mau negócio.
Como não havia jeito de voltar atrás, nos resignamos com nossa falta de paciência e decidimos curtir o que aquela cidadezinha cheia de cariocas tinha para nos oferecer.


Hotel Britannia Posted by Hello

Apesar de ser um cidade tradicional de férias de inverno, o calor em Penedo estava muito forte o que nos fez mudar de idéia e voltar para o hotel antes de sair tostando na cidade.

Algumas pestanas depois, com o sol bem mais camarada, voltamos à cidade e logo largamos o carro para poder curtir o movimento das ruas.
Paramos para tomar um mega sorvete, andamos por vários quarteirões, visitamos o Shopping dos duendes e acabamos ficando bastante tempo na Pequena Finlândia.

Meio que por acaso descobrimos a Casa do Papai Noel, que infelizmente estava fechada mas ainda assim nos permitiu algumas fotos para a posteridade.


A casa do Papai Noel Posted by Hello

A tal pequena Finlândia é um lugar muito agradável, um shopping a céu aberto com todas as casinhas lembrando a arquitetura dos imigrantes finlandeses, muito numerosos nas priscas eras do lugar.
Como ninguém é de ferro e o sol já estava de partida, decidimos tomar algumas em um bar logo ali na entradinha da Finlandinha.


A pequena Finlândia Posted by Hello

Foram várias brejas, um monte de batatas fritas e muito papo sobre a vida.
Já meio altinhos, voltamos para o hotel com a idéia de tomar um banho, descansar e voltar para a cidade para jantar.
Felizmente para nossos bolsos o cansaço falou mais alto e acabamos ficando mesmo no hotel.
Não sei se era a cerveja ou a batata, mas deu para garantir um sono sem fome e muito tranquilo.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Água e mais água

Uma coisa que esqueci de mencionar é que em Caxambu a maioria dos hotéis trabalha no esquema de pensão completa, que te garante um mínimo de esforço para ter todas as refeições do dia.
Como nenhuma dessas refeições é econômica, o risco de engordam com um porco em apenas um final de semana é enorme.
Uma alternativa operacional é fazer como a gente e pegar apenas uma diária completa. Na outra, a gente tinha que se virar para encontrar um lugar para comer, o que naquela situação não constituía um problema.

Como nossas pesquisas de lazer só apontavam para o Parque das Águas da cidade, resolvemos seguir o fluxo e ir conhecer o lugar, tão falado em todos os guias que pesquisamos.


Entrada do Parque das Águas Posted by Hello

O tal parque era fechado, mas permitia a compra de um ingresso diário (vai de manhã e volta à tarde) já que eram muitas fontes e nem todo mundo consegue passar de duas a três horas experimentando águas minerais de gostos, formas e cheiros bastante variados.


Cena típica do Parque das Águas Posted by Hello

Obviamente que a população local não gasta mais tanto tempo com a degustação das águas, mas não é perda de tempo entrar no parque para aproveitar as sombras e o sossego que se encontram por lá. Até eu fiquei com vontade de sentar em um daqueles bancos e esquecer da vida, mas como turistas, tínhamos a obrigação de verificar tudo.

Logo depois da entrada, demos de cara com o belo prédio da hidroterapia, utilizado como símbolo do parque em uma série de lembranças.
Ensaiamos uma entrada, mas depois que vimos os preços das atividades, achamos melhor seguir caminhando.


O prédio da hidroterapia Posted by Hello

Nossa sanha consumista foi controlada até chegarmos à fonte símbolo do lugar, a D. Pedro. Lá vimos um monte de gente com copinhos e canequinhas e vimos que para experimentar as águas teríamos que possuir equipamento semelhante.
Entramos em uma lojinha ao lado da fonte e saímos com uma canequinha de inox que quebrou bastante o galho.
A água da D. Pedro era gaseificada e bem gostosa, mas não abusamos muito já que tínhamos inúmeras fontes pela frente.


A fonte D. Pedro Posted by Hello

Durante o passeio foram surgindo várias fontes e em quase todas colocamos nossa canequinha para captar aquelas águas com cheiro de enxofre (algumas) e propriedades terapêuticas (várias).


A fonte Venancio Posted by Hello

Para nossa surpresa, além das fontes encontramos também uma grande medalha dita como milagrosa pelos locais. Não vimos mais informações sobre a razão dos milagres, mas ficou o registro.


A medalha milagrosa Posted by Hello

Foi perto dessa medalha que percebemos o movimento do telefêrico. Ele saía de uma das extremidades do parque e subia o Morro de Caxambu até o alto.
Nem precisou de muito para que a minha mineira decidisse subir e me arrastasse junto.
Apesar de já termos andado em um aparelho daqueles, ambos ficamos bastante apreensivos com a segurança e o movimento do teleférico. Nem conversamos direito na subida, mas depois que descemos até que conseguimos voltar a respirar normalmente.


O teleférico no meio da mata Posted by Hello

Lá em cima conseguimos uma bela vista da cidade e tomamos um sol lascado na moleira.
Foi por conta desse sol que não conseguimos ficar muito tempo lá em cima. Foi o suficiente para apreciar o Cristo, pesquisar as lojinhas e fazer um xixi.


O tradicional Cristo Posted by Hello


Bem mais alto que Caxambu Posted by Hello

A descida foi bem mais tranquila, apesar dos solavancos serem particamente os mesmos.

Já perto da hora do almoço, resolvemos voltar para o hotel, relaxar um pouco, comer, fazer a digestão e voltar para o parque mais tarde.
Assim a gente se cansaria menos e conseguiria ver todas as atrações faltantes, sem pular nenhuma.

Foi assim que fizemos e por volta das 4 da tarde estávamos de volta ao lugar.

A rotina da tarde foi mais ou menos a mesma, mas com o cair da tarde notamos que o número de pessoas que vinham se abastecer nas fontes era bem maior.
A procura não era grande para todas elas, mas em algumas era bastante difícil conseguir encher a nossa canequinha, tamanha a fila de pessoas e garrafas.
Foi até engraçado, mas deve ser algo típico da cidade.


A fonte Leopoldina Posted by Hello

Para encerrar nosso dia em Caxambu, não resistimos aos insistentes apelos e decidimos dar um passeio da charrete. Elas estavam por toda a parte, coloridas, equipadas e bonitas e por isso achamos legal experimentar um pouco.
O passeio durou uns 30 minutos e o condutor nos explicou em detalhes uma série de informações sobre o centro da cidade.
Apesar de simples, foi bem legal.


O mais típico transporte da cidade Posted by Hello

De volta ao hotel, mais banho, mais descanso e a decisão de jantar no hotel Lopes.
Além disso, decidimos deixar Caxambu no dia seguinte e seguir rumo à Dutra e a Penedo.
Nenhum de nós conhecia o lugar e achamos que a proximidade de São Paulo compensava a mudança de rota.

O jantar estava muito bom e sentimos que havia valido a pena a nossa estratégia.
Voltamos para o hotel, namoramos um pouco e cama. A estrada nos esperava.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Deixando para os estudantes

A nossa última manhã em Mariana começou tranquila e sem muita saudade.
Apesar da extrema beleza que já havíamos testemunhado, estávamos um pouco cansados de tantas igrejas e tanta história e já começávamos a sentir vontade de respirar novos ares.
Mesmo assim, quisemos nos despedir de Ouro Preto antes de começarmos a voltar para casa. O plano era visitarmos alguns lugares e terminar o dia em Caxambu.
Tenho que admitir que o plano inicial era ir até Carrancas, mas fomos unânimes na idéia de evitar estradas de terra e os transtornos que vêm com elas.

Chegamos a Ouro Preto e fomos direto para a igreja do Carmo.
Não vimos muita novidade lá dentro, mas a fachada me chamou a atenção e o fato da igreja estar no alto de um morrinho facilitou o registro fotográfico.
Tive que desviar de algumas barraquinhas de uma feira livre, mas no final as fotos ficaram bem legais.


Igreja de Nossa Senhora do Carmo Posted by Hello


Fachada da Igreja do Carmo Posted by Hello

Pegamos o carro na Praça Tiradentes e fomos em busca da vista panorâmica que a minha mineira havia mencionado no dia anterior.
A tal vista era o Morro de São Sebastião e a ladeira fez o meu bólido sofrer bastante. Entre rangidos e roncos ele conseguiu nos levar até um ponto bem alto, onde demos uma boa olhada na cidade inteira.
Reconhecemos vários lugares e achamos que guardar aquela imagem seria uma boa despedida da cidade dos estudantes.


O centro visto do alto Posted by Hello

Antes de deixarmos a cidade para os famosos estudantes, algumas fotos da Igreja do Rosário dos Pretos e a decisão de pegar a estrada o quanto antes.


Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos Posted by Hello

Aliás, ao rever a estrada real sentimos vontade de explorá-la melhor, mas isso certamente vai ficar para uma próxima vez, que tende a demorar bastante.
Antes de voltar para estas bandas, temos milhares de lugares para conhecer e muitas outras estórias para contar.
Uma delas com certeza será a razão de eu ter fotografado uma placa com o mesmo sobrenome do meu sogro.
Só eu mesmo!!!


Trecho da Estrada Real Posted by Hello


Homenagem ao sogrão Posted by Hello

Como não queríamos comer novamente no Café com Prosa, paramos para lanchar no Charm Country, um lugarzinho ajeitado e cheio de coisinhas gostosas para comer.
Nos empanzinamos com pão com linguiça e coxinhas e acabamos comprando um monte de doce de leite para dar de presente. Obviamente nós comemos mais de um pacote daquelas delícias, mas os presentes a gente guardou com carinho.


Lanchonete/restaurante Charm Country Posted by Hello

Como o nosso caminho nos forçava a passar por São João del Rey, decidimos dar um pulo em Tiradentes para comprar algumas cachaças para presentear os amigos.
Graças a Deus não sentimos vontade de experimentar o produto antes de comprá-lo.

Retomamos a estrada pouco depois e não tivemos muitos problemas até chegar a Caxambu.
Como era de praxe, saímos ligando para os hotéis e rodamos bastante até decidir pelo Grande Hotel, uma construção bem envelhecida, mas que nos pareceu a melhor opção no custo-benefício.
Jantamos por lá mesmo e decidimos explorar a cidade só no dia seguinte.
A viagem havia sido longa demais para pensarmos em algo diferente de banho, amor e sono e por isso não contrariamos a natureza.


O Grande Hotel de Caxambu Posted by Hello