sábado, outubro 27, 2007

O último dia

No último dia de Porto resolvemos fazer uma retrospectiva e registrar os pontos altes e baixos da viagem.

Primeiro os baixos:
- na baixa temporada a cidade tem uma diminuição drástica no número de atendentes e na qualidade do serviço, o que dificulta muito a vida dos turistas;
- a Taípe Turismo não se esforçou muito para nos atender;
- não se deve comprar nada na praia, a não ser que seja imprescindível; na cidade é tudo cerca de 5 a 6 vezes mais barato;
- a venda da Sancatur, a agência que usamos, teve várias incorreções, sendo o custo maior do hotel a maior delas; além disso, eles haviam nos prometido um brinde, o que não aconteceu;
- o hotel Boulevard da Praia é médio, mas tem serviço desleixado, principalmente se você não comprar os passeios que eles, eventualmente, ofereçam; o serviço de quarto não troca as toalhas e roupas de cama todos os dias; isso nos leva a concluir que a escolha do hotel deve ser baseada em experiências de conhecidos e não em folders ou na Internet.

Na sequência, a parte boa:
- o tempo esteve perfeito, mesmo com uma nuvem aqui e outra lá; se não fosse o protetor solar, estaríamos perdidos;
- a infraestrutura é grande e a chance de encontrar opções de hospedagem e alimentação vai no mesmo caminho;
- o turismo é popular, portanto, os preços tendem a ser mais acessíveis;
- a variedade de cozinhas é grande, mas não garante a qualidade;
- o transporte não é complicado e com paciência se consegue ir a todos os lugares;
- o povo é gentil, mesmo que não esteja tentando te vender alguma coisa.

Na sequência, o relato do dia...

Acordamos às 06:30, tomamos café, demos uma besuntada básica e pegamos o ônibus para o city tour tardio. A ideia era passear pela cidade e ir à praia logo depois de voltar ao hotel.

O ônibus fez a tradicional via sacra pelos hoteis e novamente não teve muito sucesso de público. Parece que Porto Seguro exerce um grande fascínio noturno nos turistas e eles só se animam a acordar cedo se o passeio for muito bom.

Paramos no centro histórico da cidade, um conjunto de igrejas, casas e outras construções antigas que contam a história da cidade e, por consequência, do Brasil.

O passeio é interessante, mas muito rápido e cronometrado.
O guia nos acompanhou por uns 20 minutos e nos deu explicações de almanaque para cada parte do lugar.
Um exemplo de despersonalização do programa foi o tempo gasto em frente à igreja Matriz e ao marco do descobrimento. Ele foi metade do tempo gasto em uma barraquinha que vendia licor de jenipapo e chocolate natural.

Mais duas impressões ruins:
- Os guias que seriam os responsáveis pelos nossos passeios sumiram e no lugar deles veio o Lucimar, um educado mas não muito eficiente guia. Depois descobrimos que o Amauri e a Fernanda estavam acompanhando um grupo bem maior e, provavelmente, mais rentável.
- Descobrimos que, logo após nos deixar, o motorista do ônibus foi buscar outro grupo, talvez até mais do que um, o que tornava quase obrigatória a nossa saída no horário marcado.

Admito que esse tipo de otimização melhora o rendimento de um negócio tão competitivo quanto o turismo, mas é preciso um pouco de preocupação com a satisfação de cada tipo de cliente.
Nós, por exemplo, não gostamos da despersonalização e da massificação, mas é possível que a maioria nem ligue.

Voltamos ao hotel, trocamos de roupa, nos besuntamos e voltamos à Barraca do Gaúcho.
Cerveja, iscas de peixe, queijo coalho e tiara de tererê para a Minha Mineira.
Voltamos ao hotel pela última vez, tomamos banho, arrumamos as malas e fizemos o check-out.

Dormimos durante todo o trajeto para o aeroporto e fizemos o check-in com tranquilidade.
Vendo TV nos deparamos com uma surpresa final na viagem: esqueci meu celular no ônibus e só descobrimos isso por que uma corretora de imóveis me ligou, o motorista atendeu e logo depois a mesma corretora ligou para a Minha Mineira.
25 tensos minutos depois, já estávamos na fila do embarque quando o motorista chegou.
Agradeci, esqueci de dar gorjeta e dei um beijo na maquininha chata, mas indispensável.

Depois do susto, embarcamos sossegados e fizemos um bom vôo, incluindo a escala.
O saldo final da viagem foi bom e a Minha Mineira ficou com vontade de ficar mais tempo. Já eu curti muito o presente de aniversário, provavelmente o melhor da minha vida, mas já estava cansado de serviço desleixado e queria mais o aconchego do nosso lar.

Valeu, Bahia!
Até daqui a três anos, se o Senhor do Bonfim assim o permitir!

Gastos:
Acarajé - R$ 3,00
Água - R$ 2,00
Lembrança - R$ 2,00
Tererê - R$ 20,00
Queijos - R$ 4,00
Gaúcho - R$ 32,10
Hotel - R$ 15,00
Águas - R$ 4,00

Gastos gerais da viagem: R$ 782,65, fora o pacote.

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