quarta-feira, setembro 01, 2004

Só o pó

Parecia que havíamos levado uma surra.
Só de respirar já sentíamos dor.
A decisão de passar um dia a mais em Lençóis nunca pareceu tão acertada.
Nem mesmo o tradicionalmente delicioso café da manhã do Canto das Águas serviu para retirar a expressão de dor de nossos rostos. Nem bem acabamos de comer, já estávamos de volta ao quarto para gemer e ver TV.

Somente na hora do almoço é que tomamos coragem de botar a cara para fora do quarto.
O lugar escolhido daquele dia foi o Grisante na praça principal da cidade e o prato, uma típica carne de sol.
Mais uma vez me decepcionei um pouco com essa comida. Mais uma vez comi um monte mas saí achando que uma boa carne seca desfiada teria me deixado mais feliz. Mais uma vez paguei pouco e acabei feliz.


A praça central Posted by Hello

Resolvemos fazer a digestão caminhando um pouquinho na direção da casa do pessoal da Venturas, exatamente no sentido oposto ao do rio. Era uma ladeira leve, mas ainda assim era uma ladeira e nossas pernas reclamaram de mais exercício.
No caminho para a casa encontramos um coreto muito bem pintado e conservado e um teatro ao ar livre que parecia meio deslocado no interior da Bahia. Seria mais fácil acreditar nele como uma ruína romana ou coisa que o valha.


O coreto Posted by Hello


O teatro Posted by Hello

Caminhamos um pouco, sentamos outro pouco, fomos até a casa e resolvemos voltar. Não dava para pensar em visitar o famoso Hotel de Lençóis, ao menos não nas nossas condições. Depois de meia hora do fim do almoço, achamos melhor voltar e dormir mais um pouco. Afinal de contas não iria nos fazer mal nenhum amassar um pouco mais a roupa de cama do quarto.

Antes do hotel, uma paradinha estratégica para ver o Mercado Municipal, o rio Lençóis sob a ponte a igrejinha matriz. Não conseguimos entrar nela para fazer os tradicionais três desejos, mas valeu a intenção e fizemos nossos pedidos assim mesmo.


O Mercado Municipal Posted by Hello


O rio Lençóis Posted by Hello


A matriz Posted by Hello

No caminho para o quarto, uma última olhada para a piscina e para o rio lá embaixo. Até parecia que eles estavam ao lado um do outro e que dava para mudar de águas com um pequeno salto. Ainda bem que não fizemos isso e que não experimentamos a dor do tombinho que aguarda a quem resolve testar a sorte.


A piscina do hotel e o rio Lençóis Posted by Hello

Terminamos o dia de ócio jantando no nosso point, o Bell´Itália e acertando os planos para a saída da cidade. A idéia era reduzir o trecho percorrido para não abusar ainda mais do carro, que já apanharia o suficiente naquele monte de buracos que os bahianos chamavam de estrada.
Nessa linha, o destino do dia seguinte seria Itacaré e a Pousada Papaterra.
Por mais que já tivéssemos passado por lá e que isso significasse uma volta para o norte, nenhum de nós dois reclamou da decisão. A vilinha de surfistas seria nossa de novo.