sexta-feira, janeiro 14, 2005

Água e mais água

Uma coisa que esqueci de mencionar é que em Caxambu a maioria dos hotéis trabalha no esquema de pensão completa, que te garante um mínimo de esforço para ter todas as refeições do dia.
Como nenhuma dessas refeições é econômica, o risco de engordam com um porco em apenas um final de semana é enorme.
Uma alternativa operacional é fazer como a gente e pegar apenas uma diária completa. Na outra, a gente tinha que se virar para encontrar um lugar para comer, o que naquela situação não constituía um problema.

Como nossas pesquisas de lazer só apontavam para o Parque das Águas da cidade, resolvemos seguir o fluxo e ir conhecer o lugar, tão falado em todos os guias que pesquisamos.


Entrada do Parque das Águas Posted by Hello

O tal parque era fechado, mas permitia a compra de um ingresso diário (vai de manhã e volta à tarde) já que eram muitas fontes e nem todo mundo consegue passar de duas a três horas experimentando águas minerais de gostos, formas e cheiros bastante variados.


Cena típica do Parque das Águas Posted by Hello

Obviamente que a população local não gasta mais tanto tempo com a degustação das águas, mas não é perda de tempo entrar no parque para aproveitar as sombras e o sossego que se encontram por lá. Até eu fiquei com vontade de sentar em um daqueles bancos e esquecer da vida, mas como turistas, tínhamos a obrigação de verificar tudo.

Logo depois da entrada, demos de cara com o belo prédio da hidroterapia, utilizado como símbolo do parque em uma série de lembranças.
Ensaiamos uma entrada, mas depois que vimos os preços das atividades, achamos melhor seguir caminhando.


O prédio da hidroterapia Posted by Hello

Nossa sanha consumista foi controlada até chegarmos à fonte símbolo do lugar, a D. Pedro. Lá vimos um monte de gente com copinhos e canequinhas e vimos que para experimentar as águas teríamos que possuir equipamento semelhante.
Entramos em uma lojinha ao lado da fonte e saímos com uma canequinha de inox que quebrou bastante o galho.
A água da D. Pedro era gaseificada e bem gostosa, mas não abusamos muito já que tínhamos inúmeras fontes pela frente.


A fonte D. Pedro Posted by Hello

Durante o passeio foram surgindo várias fontes e em quase todas colocamos nossa canequinha para captar aquelas águas com cheiro de enxofre (algumas) e propriedades terapêuticas (várias).


A fonte Venancio Posted by Hello

Para nossa surpresa, além das fontes encontramos também uma grande medalha dita como milagrosa pelos locais. Não vimos mais informações sobre a razão dos milagres, mas ficou o registro.


A medalha milagrosa Posted by Hello

Foi perto dessa medalha que percebemos o movimento do telefêrico. Ele saía de uma das extremidades do parque e subia o Morro de Caxambu até o alto.
Nem precisou de muito para que a minha mineira decidisse subir e me arrastasse junto.
Apesar de já termos andado em um aparelho daqueles, ambos ficamos bastante apreensivos com a segurança e o movimento do teleférico. Nem conversamos direito na subida, mas depois que descemos até que conseguimos voltar a respirar normalmente.


O teleférico no meio da mata Posted by Hello

Lá em cima conseguimos uma bela vista da cidade e tomamos um sol lascado na moleira.
Foi por conta desse sol que não conseguimos ficar muito tempo lá em cima. Foi o suficiente para apreciar o Cristo, pesquisar as lojinhas e fazer um xixi.


O tradicional Cristo Posted by Hello


Bem mais alto que Caxambu Posted by Hello

A descida foi bem mais tranquila, apesar dos solavancos serem particamente os mesmos.

Já perto da hora do almoço, resolvemos voltar para o hotel, relaxar um pouco, comer, fazer a digestão e voltar para o parque mais tarde.
Assim a gente se cansaria menos e conseguiria ver todas as atrações faltantes, sem pular nenhuma.

Foi assim que fizemos e por volta das 4 da tarde estávamos de volta ao lugar.

A rotina da tarde foi mais ou menos a mesma, mas com o cair da tarde notamos que o número de pessoas que vinham se abastecer nas fontes era bem maior.
A procura não era grande para todas elas, mas em algumas era bastante difícil conseguir encher a nossa canequinha, tamanha a fila de pessoas e garrafas.
Foi até engraçado, mas deve ser algo típico da cidade.


A fonte Leopoldina Posted by Hello

Para encerrar nosso dia em Caxambu, não resistimos aos insistentes apelos e decidimos dar um passeio da charrete. Elas estavam por toda a parte, coloridas, equipadas e bonitas e por isso achamos legal experimentar um pouco.
O passeio durou uns 30 minutos e o condutor nos explicou em detalhes uma série de informações sobre o centro da cidade.
Apesar de simples, foi bem legal.


O mais típico transporte da cidade Posted by Hello

De volta ao hotel, mais banho, mais descanso e a decisão de jantar no hotel Lopes.
Além disso, decidimos deixar Caxambu no dia seguinte e seguir rumo à Dutra e a Penedo.
Nenhum de nós conhecia o lugar e achamos que a proximidade de São Paulo compensava a mudança de rota.

O jantar estava muito bom e sentimos que havia valido a pena a nossa estratégia.
Voltamos para o hotel, namoramos um pouco e cama. A estrada nos esperava.