terça-feira, janeiro 11, 2005

Na casa de Ana

Como no dia anterior havíamos negociado a entrada em outro lugar mais barato, resolvemos deixar a Pouso da Typographia logo depois do café. Nem fomos conhecer a cidade e já acertamos a conta e carregamos as malas.
O café não merece maiores comentários, mas o lugar era bem legal.


Pouso da Tipographia Posted by Hello


Decoração da pousada Posted by Hello


Mais uma pecinha singela Posted by Hello

Da Typographia - que ficava em uma pracinha perto da Matriz - fomos para o Hotel Providência - na rua que leva do Centro até a igreja de São Pedro - e não demoramos nada para vencer as ladeiras.


Hotel Providência Posted by Hello

Largadas as malas, subimos o morro até alcançarmos a Basílica de São Pedro dos Clérigos. Foi nossa primeira experiência guiada no interior das igrejas e a primeira vez que tivemos pagar a taxa de conservação e a caixinha do guia.
Fizemos isso incontáveis vezes mas na maioria a quantia ficava por conta do turista.


Igreja de São Pedro dos Clérigos Posted by Hello


Mariana vista do (quase) alto Posted by Hello

Ouvimos atentamente as estórias do guia e passeamos por vários corredores da igreja.
Foi um ótimo começo de experiência sacra, mas o melhor ainda estava por vir.

A próxima parada foi uma pracinha muito especial nessa mesma rua.
O que ela tem de tão especial é o conjunto arquitetônico reunido em um espaço tão pequeno. São duas igrejas, um pelourinho e um prédio lindo hoje transformado em Câmara Municipal, cercando um pequeno quadrado de grama e com vistas perfeitas para todos os lados da cidade.
É realmente impressionante e segundo o guia, não existe no Brasil uma reunião tão feliz de monumentos.

O primeiro lugar a nos receber foi a Igreja de São Francisco onde encontramos várias obras de Aleijadinho em madeira e pedra-sabão.
Para novatos como nós, foi legal ver que o artista não se ocupava só com pedras mas também se divertia entalhando madeira. Isso foi antes da doença, né?
Se bem me lembro, as pinturas ficaram a cargo de Mestre Athayde, mas isso é passível de confirmação.


Altar mor da Igreja de São Francisco Posted by Hello


Relicários de madeira Posted by Hello


O teto com a Arca Posted by Hello


Confessionário pré-histórico Posted by Hello


As igrejas e o pelourinho Posted by Hello


Igreja de São Francisco Posted by Hello


Igreja de Nossa Senhora do Carmo Posted by Hello


A casa dos deputados Posted by Hello

Após a overdose de monumentos históricos, só mesmo uma boa comida mineira para recuperar as energias e reforçar nossa vontade de passar em revista a tudo que Mariana teria para oferecer.
Confesso que me deu uma vontade louca de voltar para o hotel e nanar gostoso, mas como eu não me imaginava voltando àquela cidade nesta década, achei melhor reunir forças e encarar a história de frente.

Deixamos o carro perto da Matriz da Sé e entramos meio que assustados em um lugar cheio de placas com normas e proibições.
Utilizando o bom jeito mineiro de tratar com as pessoas, convenci a fiscal que fotografar sem flash não prejudicaria as obras e lá fui eu registrar até as sujeirinhas rococó dos altares secundários.
Aliás, essa é uma das principais características da igreja: existem inúmeros altares laterais ao longo da nave, cada um com o estilo diferente e cada um patrocinado por um grupo diferente. É evidente o poder econômico de cada grupo na comparação entre os adereços de um altar e de outro.

Outra coisa interessante é um órgão alemão de 1700 e guaraná com rolha, que ainda hoje toca e impressiona. O engraçado é que ele chegou depois da construção da igreja e como era mais alto do que o pé direito, o arquiteto teve que improvisar um arco no teto de madeira. Bizarro, mas curioso.


A principal atração da Sé Posted by Hello


A porta mais bonita de Minas Posted by Hello


A Matriz da Sé Posted by Hello

Na última parada cultural do dia, atravessamos a cidade até a Igreja do Rosário dos Pretos, um lugar previsivelmente mais simples e austero do que os demais.
Ainda assim ficamos bastante tempo e acalmamos um pouco o espírito.


A Igreja do Rosário dos Pretos Posted by Hello

Para encerrar a noite, mais um jantar no Bistrô e mais algumas cervejas geladíssimas.
Aliás, as cervejas vinham tão belamente geladas que fiz questão de fotografar uma garrafa que de tão caprichada me fez lembrar os bons tempos do Primo Basílico.
Eita, cachaça!


Visão do paraíso Posted by Hello

Como encerramento da noite, uma festinha particular para celebrar mais um aniversário juntos, mas sobre isso nada de detalhes.