A brincadeira da viagem começou antes mesmo de chegar perto da estrada.
Como muitas pessoas já disseram, planejar o que se vai fazer, onde se vai ficar e o que se vai encontrar, é outra viagem, quase tão gostosa quanto a execução do que se planejou.
Para não contrariar esta sábia máxima, a pesquisa de pousadas passeios e restaurantes ocupou boa parte das horas livres (e nem tão livres assim) no mês anterior à partida.
Por conta da tentativa de eliminar surpresas acabei "alugando" um monte de gente, de colegas de trabalho a namoradas de amigos, passando por inúmeros sites, revistas e guias. Ah, teve também a ajuda inestimável da minha querida "maninha" de Blumenau que me conseguiu informações tão detalhadas que parecia que já estava no destino.
Nessa linha, o Guia Quatro Rodas 2003 acabou sendo a minha maior fonte de informação. Foi em cima dele que escolhi alguns lugares para ficar e algumas cidades para visitar.
Infelizmente, ao longo da viagem descobri a intenção de ser abrangente faz do Guia Quatro Rodas uma fonte pouco útil quando se necessita de informações menos genéricas.
Mas é para isso mesmo que inventaram a arte de perguntar.
Depois de muito perguntar, mexer em planilhas e escrever, cheguei ao roteiro básico da viagem: saindo de Sampa, eu passaria por Petrópolis/RJ, Vila Velha/ES, Caravelas/BA, Trancoso/BA, Morro de São Paulo/BA, Lençóis/BA, Taipus de Fora/BA, Itacaré/BA, Montes Claros/MG, Uberlândia/MG e de volta a Sampa.
Eu calculei um trajeto de 5500km de carro e um gasto aproximado de R$ 4500,00, para mim e para a minha mineira. Na estimativa de gastos estava incluída a gasolina (11 tanques), a hospedagem (R$ 100,00 diários) e os passeios e alimentação (outros R$ 100,00 diários). Seria bem puxado para apenas 18 dias, mas a gente prefere assim mesmo, sem muita pasteurização e agendamentos estritos.
A idéia sempre foi se importar tanto com o trajeto quanto com o destino. Foi com isso na cabeça que abasteci o carro, arrumei os apetrechos e me preparei para rodar rumo ao Norte.
