segunda-feira, agosto 23, 2004

Coisas de família

No dia do episódio final de Sex and the city (que minha irmã cineasta achou apenas mais ou menos) eu acordei em Vila Velha, na casa da minha cunhada.
Como havíamos chegado tarde no dia anterior, ganhamos o direito de acordar igualmente tarde e tivemos que improvisar um café da manhã para não passar em branco.
Tínhamos a intenção de sair cedo, mas a cara de pidão do sobrinho da minha mineira e a voz melosa da minha cunhada acabaram por nos convencer a ficar mais um pouco e só sair depois do almoço.
Isso praticamente nos obrigava a pegar a estrada à noite, mas não havia o que fazer.

Saímos de Vila Velha por volta das 15:00hs. As baleias do sul da Bahia nos esperavam.
Vale dizer que antes de sair do Espírito Santo entramos em contato com uma agência de viagens em Prado e fizemos a reserva para o passeio a Abrolhos no dias seguinte.
Isso facilitou muito a nossa vida e é muito recomendável.

Logo depois de Vitória, a uns 60km, avistamos um maravilhoso portal japonês praticamente no meio da estrada. O torii estava cercado por um jardim de pedrinhas brancas e marcava a entrada de um mosteiro zen budista.
Infelizmente não tínhamos tempo para parar e visitar o lugar, mas ficou o registro e o compromisso para a volta.

O torii Posted by Hello

Durante uma parada para abastecimento e xixi em São Mateus, no norte do Espírito Santo, engatamos uma conversa com a atendente do posto que se empolgou quando mencionamos Itaúnas e o Falamansa. Ela nos contou que costumava pagar R$ 5,00 para ver a banda tocar nos bailes de Itaúnas e que se espanta com o sucesso que eles alcançaram.
Segundo ela, ainda existem várias bandas do gênero por lá e vale a pena a visita, desde que o turista não se importe com estradas de terra e instalações simples.

Nosso primeiro contato com a Bahia não poderia ter sido mais traumático: as estradas estavam calamitosas e todo o relaxamento que conseguimos na casa da cunhada foi embora com o stress para não despencar naquelas crateras no meio da estrada.
Nossa sorte foi que nos trechos mais destruídos sempre havia um caminhoneiro experiente para nos avisar com antecedência e para nos mostrar a melhor trilha a seguir.
Com os nervos à flor da pele, chegamos a Caravelas por volta das 21:30 e fomos direto para a pousada Farol Abrolhos Iate Clube. Na escuridão da noite bahiana não conseguimos ver muito das instalações do lugar, mas o interior do quarto era tudo o que a gente precisava para aquele momento. Havia uma cama razoável, um banheiro limpo e uma TV para embalar o sono. Para que mais?

Terminamos a noite jantando no restaurante Carenagem que serviu uma comida passável. Aqui também era tudo o que a gente precisava.

Quando fomos dormir tínhamos em mente que até aquele momento havíamos vivido apenas um trailer do que viria e que nossas férias começariam mesmo no momento em que encarássemos as Jubarte!