Como havíamos chegado tarde no dia anterior, ganhamos o direito de acordar igualmente tarde e tivemos que improvisar um café da manhã para não passar em branco.
Tínhamos a intenção de sair cedo, mas a cara de pidão do sobrinho da minha mineira e a voz melosa da minha cunhada acabaram por nos convencer a ficar mais um pouco e só sair depois do almoço.
Isso praticamente nos obrigava a pegar a estrada à noite, mas não havia o que fazer.
Saímos de Vila Velha por volta das 15:00hs. As baleias do sul da Bahia nos esperavam.
Vale dizer que antes de sair do Espírito Santo entramos em contato com uma agência de viagens em Prado e fizemos a reserva para o passeio a Abrolhos no dias seguinte.
Isso facilitou muito a nossa vida e é muito recomendável.
Logo depois de Vitória, a uns 60km, avistamos um maravilhoso portal japonês praticamente no meio da estrada. O torii estava cercado por um jardim de pedrinhas brancas e marcava a entrada de um mosteiro zen budista.
Infelizmente não tínhamos tempo para parar e visitar o lugar, mas ficou o registro e o compromisso para a volta.

O torii

Durante uma parada para abastecimento e xixi em São Mateus, no norte do Espírito Santo, engatamos uma conversa com a atendente do posto que se empolgou quando mencionamos Itaúnas e o Falamansa. Ela nos contou que costumava pagar R$ 5,00 para ver a banda tocar nos bailes de Itaúnas e que se espanta com o sucesso que eles alcançaram.
Segundo ela, ainda existem várias bandas do gênero por lá e vale a pena a visita, desde que o turista não se importe com estradas de terra e instalações simples.
Nosso primeiro contato com a Bahia não poderia ter sido mais traumático: as estradas estavam calamitosas e todo o relaxamento que conseguimos na casa da cunhada foi embora com o stress para não despencar naquelas crateras no meio da estrada.
Nossa sorte foi que nos trechos mais destruídos sempre havia um caminhoneiro experiente para nos avisar com antecedência e para nos mostrar a melhor trilha a seguir.
Com os nervos à flor da pele, chegamos a Caravelas por volta das 21:30 e fomos direto para a pousada Farol Abrolhos Iate Clube. Na escuridão da noite bahiana não conseguimos ver muito das instalações do lugar, mas o interior do quarto era tudo o que a gente precisava para aquele momento. Havia uma cama razoável, um banheiro limpo e uma TV para embalar o sono. Para que mais?
Terminamos a noite jantando no restaurante Carenagem que serviu uma comida passável. Aqui também era tudo o que a gente precisava.
Quando fomos dormir tínhamos em mente que até aquele momento havíamos vivido apenas um trailer do que viria e que nossas férias começariam mesmo no momento em que encarássemos as Jubarte!